sábado, 7 de setembro de 2013

Fertilização in vitro (FIV)

Tecnologia de reprodução assistida (TRA) é um grupo de tratamentos de fertilidade que envolve o espermatozoide e o óvulo. Fertilização in vitro (FIV) é o tipo mais comum de TRA. Na FIV, o óvulo é fertilizado fora do corpo da mulher e médicos o reimplantam no útero na esperança de uma gravidez bem sucedida. Outras formas de TRA são a injeção intracitoplásmica de espermatozoide (IICE), a transferência intrafalopiana de gameta (TIFG) e a transferência intrafalopiana do zigoto (TIFZ).
Tirando duvida:
Diferentes em tudo, em método, custo e taxa de sucesso.
A inseminação intra-uterina : Consiste em estimular a ovulação da mulher através de um tratamento hormonal e depois transferir o sêmen (líquido que contém os espermatozoides) previamente colhido e trabalhado em laboratório para a cavidade uterina no momento da ovulação, assim a fecundação ocorre espontaneamente dentro do organismo materno. É um método mais barato e tem um índice de gravidez de cerca de 15%.
A fertilização in vitro (conhecida como FIV): Induz uma produção múltipla de óvulos da mulher com altas doses de hormônios. Em seguida, os óvulos são colhidos em uma clínica (sob anestesia) antes da ovulação propriamente dita ocorrer e fertilizados em laboratório com os espermatozoides selecionados. Alguns dias depois é feita a transferência de embriões para a cavidade uterina. Este é um tratamento bem mais caro do que a inseminação, mas obtém taxas de sucesso em torno de 40%, dependendo da idade da mulher.
A fertilização in vitro (FIV) é indicada:
É indicada quando a causa da infertilidade está entre as seguintes: obstrução tubária bilateral, infertilidade sem causa aparente, fator masculino (alterações seminais moderadas a graves), falha nas tentativas de inseminação artificial anteriores, endometriose nos graus moderado ou severo, síndrome de ovários policísticos e idade avançada da mulher (acima de 37 anos).
Procedimento
Para a execução desta técnica exige-se uma prévia estimulação ovárica (ovariana) através de medicamentos adequados (gonadotrofinas, como é ocaso de LH e FSH) e acompanhamento médico regular (exames de ultrassom transvaginal e dosagens hormonais seriados), de forma a controlar os efeitos dessa estimulação e definir o melhor dia para a coleta dos ovócitos. Cerca de 34 - 36 horas antes dessa coleta (ou captação) é administrada uma injeção de gonadotrofina coriónica (um tipo de hormônio produzido pela placenta) que provoca a maturação oscitaria, vindo a permitir a sua captação por aspiração através de uma agulha especial. Essa captação é realizada com a ajuda do ultrassom transvaginal, que auxilia o médico a guiar a agulha em direção aos folículos ovarianos (pequenas bolhas de líquido situadas dentro de cada ovário e que contêm os ovócitos) durante o procedimento. Os ovócitos assim obtidos são encaminhados ao laboratório de embriologia, anexo à sala de coleta, onde serão classificados e ambientados em um meio de cultura especial, sob condições de temperatura e pressão constantes (estufas especiais). Depois de 2 a 4 horas de ambientação numa estufa especial, os oocistos estarão prontos para a fertilização. Quanto aos espermatozoides, estes são obtidos após uma coleta de por masturbação assistida, sendo normalmente sujeitos a um tratamento prévio, em meio de cultura especial, para que sejam escolhidos os melhores em termos de motilidade e forma. Destes são selecionados cerca de 50 a 100 mil, com mobilidade progressiva rápida, para serem colocados ao redor de cada ovócito. Quando há problemas graves com a quantidade ou qualidade dos espermatozoides, e o número é insuficiente para a fertilização in vitro convencional, considera-se a alternativa da realização de uma micro injeção intracitoplasmática de espermatozoides.
Após cerca de 16-18 horas os ovócitos são observados para identificar o estado de fecundação e eventual progressão até pré-embriões de alguns deles. Já sabemos que após a fecundação (fertilização) forma-se o zigoto. A partir desse momento inicia-se a divisão celular para a formação do que denominamos pré-embrião. Assim, 24 horas (1 dia) depois da fertilização teremos pré-embriões com 2 células, após 48 horas (2 dias) teremos 4 células, após 72 horas (3 dias) teremos 8 células e assim por diante, numa divisão celular (clivagem) em progressão geométrica. A transferência desses pré-embriões para a cavidade uterina é então efetuada através de um fino tubo de plástico especial (cateter), após 2 a 5 dias da coleta dos oocistos. Normalmente transferimos 2 a 3 pré-embriões para a cavidade uterina. Entretanto, esse fato depende da idade da mulher e da qualidade dos pré-embriões. Assim, cerca de 10 a 12 dias após a transferência, fazemos o exame de sangue (dosagem de beta-hCG) na mulher, para identificarmos se a gravidez está presente.
Com a chegada da revolucionária fertilização in vitro dos anos 80, a inseminação artificial foi abandonada e considerada ultrapassada, sendo retomada apenas recentemente.
Variação de fertilização in vitro
Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI)
É uma técnica de alta complexidade em reprodução assistida.
permite o tratamento de casos masculinos graves, com contagens seminais muito baixas e até de homens azoospérmicos (em cujo espermograma não se encontram espermatozoides, é um diferencial positivo do tratamento por ICSI está no uso de um moderno equipamento de microscopia com micro manipulador acoplado.
A tecnologia faz com que para cada óvulo obtido da mulher seja preciso apenas um espermatozoide do parceiro.
OBS:
Já se pesquisa um método pra baratear a fertilização in vitro.
É feita uma triagem de embriões durante o processo, médicos  escolhem um embrião com a melhor chance de sucesso. Apenas uma em cada três tentativas de fertilização in vitro resulta em um bebê, já que anormalidades no DNA de um embrião são comuns. Se houver anormalidades com os cromossomos, as sequências de DNA, no embrião, ele não vai conseguir se implantar no útero, e se ele conseguir, o feto não vai se desenvolver.

O novo teste tira proveito dos avanços feitos no sequenciamento do genoma humano. Em 24 horas o teste pode garantir que o número correto de cromossomos está presente.

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